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12/11/2020
por Cristiane Viegas
A suspensão, e essa retomada, são as medidas que a sociedade espera quando há uma dúvida sobre os testes e em seguida os esclarecimentos devidos
Foto: Divulgação
O superintendente assistencial do IBSAÚDE, o pediatra Alceni Guerra tem acompanhado de perto a corrida pela aprovação das vacinas contra a COVID-19. Esta semana, com tantas pautas relativas às pesquisas, o médico opinou sobre o retorno dos testes com a vacina chinesa CoronaVac.
“Como ex-ministro da saúde, que implantou o SUS em 1990, fico contente com a retomada dos testes da vacina da Sinovac pelo Instituto Butantã, em São Paulo e pela Universidade Federal de Pelotas aqui no RS. A suspensão, e essa retomada, são as medidas que a sociedade espera quando há uma dúvida sobre os testes e em seguida os esclarecimentos devidos. A vacina está na fase 3 dos testes, isto é, na vanguarda de uma certificação, e se espera que esteja disponível ainda neste ano. É preciso cautela quando se emite opiniões políticas sobre uma vacina, elas não afetam seu desenvolvimento, mas atacam um ponto crucial de sua aplicação no futuro: a credibilidade da população. Sem ela, nem a obrigatoriedade legal faz uma comunidade aceita-la, e não existe a possibilidade de se atingir os 90% de cobertura vacinal para eliminar uma doença. Um político falar agora sobre o que nada sabe, significa no futuro ele não saber o que fazer”, afirmou Guerra.
Os testes da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotech, tinham sido suspensos pela ANVISA, na última segunda-feira (09/11), após a morte de um voluntário, ”, ocorrida no dia 29 de outubro.
A Anvisa não informou a natureza do ocorrido devido aos regulamentos em relação à privacidade e integridade dos participantes de pesquisa. Na terça-feira (10/11), a Polícia Civil de São Paulo divulgou que o voluntário havia se matado.
A suspensão dos testes aconteceu no mesmo dia em que o grupo farmacêutico americano Pfizer anunciou que sua vacina contra a covid-19 tem 92% de efetividade. Nesta quarta-feira (11/11), os testes foram retomados pela Anvisa e Instituto Butantã.