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07/01/2022
por Cristiane Viegas
Reunião de trabalho
Foto: Cristiane Viegas /IBSAÚDE
No mês em que se trabalha a campanha "Janeiro Branco", que promove os cuidados com a saúde mental, o IBSAÚDE, por meio de uma das unidades que administra em Porto Alegre, dá início à inclusão de indígenas nos serviços de saúde mental.
A equipe multidisciplinar do Centro de Atenção Psicossocial Girassol, que atende as regiões da Restinga e do Extremo Sul da capital, tem recebido em sua unidade integrantes da tribo Kaingang que vive na localidade do Lami. Visitas também estão sendo feitas na aldeia para rodas de conversas. Inicialmente a aproximação serve para informar a comunidade sobre os serviços de atenção à saúde mental que estão disponíveis na unidade, bem como identificar as necessidades da aldeia.
Na última quinta-feira, 06/01, o cacique da tribo, Odirlei Fidelis participou de um bate papo na unidade, junto com as direções da unidade e do IBSAÚDE, profissionais de saúde e representantes do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre. Na ocasião, o secretário de Saúde de Canoas, Maicon Lemos, também participou do encontro. Lemos foi conhecer o trabalho realizado na unidade, já que no próximo dia 27/01, o instituto assume outros quatro CAPS no município canoense.
"Me chamou muito a atenção o trabalho com as práticas integrativas do SUS, todas as ações para envolver o usuário que vem até aqui buscar tratamento. O que está sendo desenvolvido aqui é muito qualitativo. E também a prática da integração com a saúde índigena está sendo realizada e isto é muito importante. É o CAPS procurando atender a todos, sem distinção", destacou o secretário.
O cacique dos Kaingang, contou que a aldeia enfrenta problemas com alcoolismo, principalmente, e que a aproximação com o CAPS é fundamental para melhorar a saúde da comunidade.
"É um espaço para nos conhecermos, para entendermos os serviços e também para que conheçam como nos organizamos de uma forma diferente. Para nos ajudar nas nossas aldeias", afirmou Fidelis.
A diretora da unidade, Luciana Moro ressalta a dificuldade de acesso aos tratamentos que os indígenas enfrentam, seja por falta de transporte ou pela ausência de informações.
"As visitas nas aldeias facilitam a vinculação e percebemos que em muitas comunidades , os índios estão perdendo a sua historicidade, a sua ancestralidade. Então estamos criando uma parceria, em que eles possam expor seus artesanatos, suas ervas e consequentemente ajudar na geração de renda. Além é claro, de levar o tratamento às aldeias", afirmou.